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A febre das bets e apostas esportivas virou um dos mercados mais lucrativos da internet no Brasil, com crescimento de 20 vezes nas buscas – mas será que vale tudo por conversão?

Nos últimos cinco anos, o Brasil foi tomado por um fenômeno que está em todos os lugares: as apostas esportivas. Segundo dados recentes do Google, as buscas por termos relacionados ao setor cresceram mais de 20 vezes nesse período. Um crescimento que qualquer nicho digital invejaria – e que, claro, atraiu o olhar de afiliados, influenciadores, emissoras e empresários.

Mas por trás desse boom, há mais do que links, bônus e calls to action. Há também dilemas éticos, impactos sociais sérios, e uma pergunta incômoda: será que estamos vendendo um vício como se fosse uma diversão?

O crescimento exponencia das Apostas esportivas: o ouro dos afiliados?

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Basta abrir o Google Trends para ver a curva: termos como “Betano”, “esporte bet”, “palpites do dia”, “aviator jogo”, “joguinho do tigrinho” e outros dispararam.

No marketing digital, isso significa CPMs mais altos, cliques mais engajados e ROI absurdos em campanhas de afiliados. Muitos criadores de conteúdo – inclusive alguns dos maiores portais do país – passaram a produzir conteúdo direcionado a essas buscas. A promessa: gere tráfego, ranke bem, insira seus links de afiliado e veja o dinheiro entrar.

Plataformas como a Betano, PixBet, Esporte da Sorte, Blaze e tantas outras se tornaram marcas quase tão presentes quanto bancos e redes de fast-food. Tudo isso impulsionado por afiliados que entenderam o poder das palavras-chave e a dor do público: a vontade de ganhar dinheiro fácil.


Globo e Band criam suas próprias casas: o jogo subiu de nível

Não são apenas os blogueiros e YouTubers que surfam nessa onda. Em 2024 e 2025, dois movimentos chamaram atenção:

  • A Globo, através de sua holding Globo Ventures, se associou a MGM bet, da famosa operadora de Vegas;

  • A Band, que já tem vínculos fortes com empresas de apostas, lançou uma vertical dedicada a odds,band bet palpites e análises esportivas.

Ou seja: as apostas esportivas deixaram de ser “coisa de blog obscuro” para se tornar estratégia central de grandes conglomerados de mídia. Por quê? Porque o dinheiro é absurdo.

E não é exagero: estima-se que o mercado brasileiro de apostas online movimente R$ 100 bilhões por ano. Uma parte disso vai direto para publicidade, patrocínios e… afiliados.


A economia gira, mas gira para onde?

Ninguém pode negar que as bets aqueceram a economia digital:

  • Criaram empregos para redatores, programadores, designers e especialistas em SEO;

  • Geram renda para donos de sites, que acabam fazendo a economia girar;
  • Pagaram muito bem para creators e influenciadores (especialmente os que falam com o público jovem e popular);

  • Estimularam investimentos em tecnologia, apps e sistemas de pagamento instantâneo como o Pix.

Mas também há um custo social que precisa ser discutido – e que muita gente finge que não vê.


O lado sombrio: vício, ludopatia e apostas como fuga

A lógica é simples e cruel: quanto mais a pessoa perde nas apostas, mais a plataforma e o afiliado ganham. E quanto mais compulsivo o jogador, maior a receita.

É aqui que entra o dilema: quando você publica um artigo sobre “melhor horário para jogar no jogo do aviãozinho”, está ajudando alguém a ganhar… ou a se perder?

Estudos recentes mostram que o vício em jogos (ludopatia) aumentou no Brasil desde 2020, impulsionado pelo acesso fácil, o desemprego e a ilusão de dinheiro rápido. Muitos apostadores acabam entrando numa espiral que envolve empréstimos, dívidas e até depressão.

Como afiliado, é tentador ignorar isso. Afinal, “a comissão tá caindo certinha todo mês”, não é?

Mas como comunicador, estrategista e analista de marketing, é nossa responsabilidade olhar para além dos dados do GA4 e do dashboard da Hotmart. O que está acontecendo com a audiência que clicou naquele link?

Dá pra trabalhar com bets com responsabilidade?

Sim, claro. Mas exige consciência e limites. Algumas dicas práticas:

  1. Avisos sobre jogo responsável devem estar visíveis em todas as páginas;

  2. Conteúdos educativos sobre vício e controle financeiro devem acompanhar os guias de apostas;

  3. Não romantize a ideia de “viver de apostas” – isso é exceção, da exceçao,não regra;

  4. Não faça como Neymar e Felipe Neto que diziam que a blaze era renda extra. Náo é! Aposta é jogo , se apostar em casino ou slot entao, a maquina esta programada para que 96% dos jogadores percam.
  5. Evite usar gatilhos agressivos como “não perca essa chance” ou “última oportunidade”.

E principalmente: não direcione conteúdo de apostas para menores de idade. Parece óbvio, mas tem muito canal no YouTube e TikTok usando linguagem infantil para promover crash games.

Conclusão: um mercado poderoso, mas que precisa ser olhado com lupa

O crescimento das apostas esportivas no Brasil é real, gigantesco e irreversível. A tendência é que mais regulamentações surjam, exigindo responsabilidade dos anunciantes, influenciadores e afiliados. E isso é positivo.

Mas enquanto o dinheiro gira, a pergunta continua ecoando: a que custo?

Se você trabalha com tráfego, SEO ou afiliados, vale a pena refletir: será que estamos otimizando para o algoritmo… ou para a ética?

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By Almy

Almy Fróes é Analista de SEO, Empresário e Problogger. Compartilha no Mestre dos Sites o que aprendeu sobre Marketing de Afiliados, SEO,WordPress, blogs, e otimização de sites

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